sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

LÁUREA

Ela me confessou que nunca lhe disseram que era doce. Pois eu disse

E por açucarado que seja esse texto, ela é ainda mais

Uma imagem jamais se extinguirá de minha memória: a forma como ela deitava em meu ombro, pouso leve e quente

Tudo nela ressuscita uma brisa: fala breve, respiração calma, hálito morno e suave 

Os clarinhos olhos cor de mel se derramavam no infinito, e por diversas vezes me alagaram

Minhas costelas sempre sentirão saudades do passeio dos delicados dedos dela

A calmaria nessas lembranças está no melhor dos meus momentos de paz

E que essa silenciosa canção receba a coroa de louros da Eternidade, pois se ela conseguir replicar uma fagulha sequer dessa mulher, o solar Apolo e sua arte ficarão rubros com o calor emanado por Laura


Abaixo duas belas versões do mito de Apolo e Dafne:



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