sábado, 28 de maio de 2016

SOMOS VIOLENTOS

Uma análise profunda da violência nos leva a reconhecer que, ainda que os humanos tenham conquistado a capacidade de escolher para reduzi-la, somos em maior ou menor grau violentos: desde nossas práticas alimentares e até na mais tênue relação com o mundo exterior.

Há ainda um tipo de violência sutil do pensamento em fazer um pré-julgamento constante daquilo que observamos, exemplo: vemos uma pessoa pela primeira vez na vida e imediatamente nossa mente cria um conceito sobre ela. Assim é porque o pensamento funciona em busca de comparação e identificação de padrões, logo, é essencial para ele a construção de modelos baseada em opostos. Observa-se que desse modelo operacional natural do pensamento, este tende a buscar informações já coletadas para se posicionar diante de uma situação nova e imprevista. Em resumo, o pensamento ainda é em grande parte dominado pelo nosso instinto de defesa e preservação. Poucos são os pensamentos livres de pré-julgamento,  os chamados "insights". 

Na busca de reduzir os danos do pensamento sem fundamento e abrir a mente para os pensamentos puros, diversas culturas ao redor do mundo nos encorajam a meditar e deixar a mente em vazio para podermos estar abertos e compreensivos sobre a essência desses encontros com o novo e o outro (O passado não existe, o futuro também não, ou seja, tudo é novo pois  só existe o presente. "Viva o presente" é a máxima das filosofias e religiões mais elevadas). Assim, a função da meditação seria afastar o modelo natural dual de pensamento para fazer com que este seja somente uma consequência de um modelo de unidade transcendental. Afinal, o dano decorrente daquilo que pré-julgamos incessantemente funciona como no mito da Hidra de Lerna contra Hércules: os pensamentos ferinos costumam renascer com facilidade e eliminá-los é tarefa árdua.


Por fim, quanto às práticas alimentares e a sua indissociável relação com a violência, as culturas antigas utilizavam rituais ou preces para conformar a nossa psiquê dividida ente o IDEAL de não-violência (contra plantas ou animais) e a NECESSIDADE corpórea de alimento e manutenção das atividades vitais básicas. Assim, pedia-se perdão a Deus pelo sacrifício de uma vida que seria o alimento de outra. Nota-se aqui que a morte gerando vida tornou-se um terrível paradoxo que talvez tenha desembocado na solução rearranjadora da imortalidade da alma: o espírito do animal ou planta retorna da morte. Logo, a morte é só aparente.

Desse modo, a princípio, o Ideal de Não-violência pode começar a agir neste mundo quando nossas necessidades alimentares e os nossos pensamentos estiverem voltados para as escolhas de atividades menos violentas. Contudo, eliminar totalmente a violência parece-nos que definitivamente exige a extinção da própria matéria e do corpo, por isso que a ideia de imortalidade de tudo quanto há é sagrada para a conformação de nossa psiquê.




quinta-feira, 26 de maio de 2016

MATÉRIA É ENERGIA

(Os Graus De Vibração)

Buda afirmou várias vezes há mais de dois mil anos que tudo é energia e que tudo é espiritual.

Se hoje a ciência (Teoria das Cordas) diz que a matéria é energia condensada ou de baixa vibração, podemos afirmar que matéria é energia solidificada, estagnada.

Logo, toda rigidez ou excesso de matéria é falta de energia fluida e livre. Assim, quanto mais se recebe, mais deve ser dado, pois, em última analise, é impossível somente acumular energia. Esta sempre criará fendas, rachaduras e feridas para o seu natural fluir...

Um recipiente vazio está cheio de energia incontrolável e invisível. E, desse modo, ele se torna flexível, espiritual...