segunda-feira, 1 de outubro de 2018

SANGUE DE DRAGÃO


1 - ALGUNS DOS NOMES CIENTÍFICOS DAS DIVERSAS ESPÉCIES

1.1 - Croton Lechleri: A extração é feita entre abril e junho. Precisa de ao menos 6 meses de descanso. 10 a 20 metros de altura e tronco de 20 a 25 cm de diâmetro. Essa é da América do Sul. Folhas em formato de coração. Muito utilizada pelo índios da Amazônia. 

1.2 - Croton Cajucara: Muito comum na Região Amazônica. “Multiplica-se apenas por sementes. (...) Antidiarreica, anti-inflamatória, diabetes, inflamação do fígado, rins, bexiga e para baixar o teor de colesterol no sangue. (...) Usa-se as folhas e a casca para fazer chá.” (Harri Lorenzi, Plantas Medicinais no Brasil, p. 241)

1.3 - Croton Brasiliensis

1.4 - Croton Urucurana: Presente no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. “Árvore de 6 a 8 metros de altura. (...) Tronco claro de até 20 cm de diâmetro. Folhas em forma de coração. (...) Espécies com propriedades semelhantes: C. Salutaris, C. Lechleri, C. Planostigma. (...) É nativa de quase todo o Brasil, especialmente na Amazônia. Primeiros escritos sobre seu uso medicinal datam do século XVII, quando um naturalista espanhol descobriu que os poderes curativos de sua resina (seiva) já eram amplamente conhecidos pelas populações nativas das Américas, desde o México até o Peru e Equador, cujo emprego, tanto da resina como da casca era usado como remédio natural pelos índios da Amazônia. Durante séculos os índios tem utilizado sua seiva para pincelar ferimentos e estancar o sangramento, acelerando a cicatrização e evitando a infecção. (...) Anti-hemorrágica, anti-inflamatória, antisséptica, antiviral, cicatrizante, hemostática e vulnerária em aplicação local, enquanto internamente é usado também para o tratamento de úlcera no estômago ou nos intestinos. (...) Tanto a casca como a resina são exportadas da América do Sul para uma indústria farmacêutica nos Estados Unidos, que já registrou patente para duas substâncias isoladas desta planta, sendo uma par auso oral, indicada para tratamento de infecções respiratórias causadas por vírus e a outra, de uso tópico, par ao tratamento de herpes. Como a maioria dos estudos clínicos são conduzidos por laboratórios farmacêuticos em seus países de origem, seus resultados raramente vêm a público. (...) A maioria dos estudos publicados concentra-se principalmente na elucidação de suas propriedades cicatrizantes, que foram atribuídas a dois de seus componentes, a dimetilcedrusina, uma substância da classe das lignanas e ao alcaloide Taspina. A denominação sangue-de-dragão é dada também a uma resina semelhante obtida da planta xinesa Xue-Jie (Daemonorops Drago e Daemonorops Propinquis), designada internacionalmente como dragon´s blood. ” (Harri Lorenzi, Plantas Medicinais no Brasil, 2ª edição, p. 243)

1.5 - Croton Celtidifolius

1.6 - Croton Zenhtneri: “Canelinha, Canela-do-Mato, Canela-de-Cunhã. (...) As informações etnofarmacológicas se referem a esta planta como portadora de propriedades carminativas e estomacais e, em algumas regiões de ocorrência, como calmante e indutora do sono. O seu chá é preparado colocando-se água fervente sobre algumas folhas ou pedacinhos dos ramos finos em uma xícara das médias. (Harri Lorenzi, Plantas Medicinais no Brasil, 2ª edição, p. 245)

1.7 - Croton Sonderianus: “Cresce de forma silvestre desde o Piauí e Nordeste até Minas Gerais. (...) Pela abundância foi proposta a utilização de seu óleo essencial como substituto do óleo-diesel. (...) Combate problemas estomacais, ora mastigando diretamente pequenos pedaços, ora na forma de chá abafado; hemorroidas, hemorragia uterina. (...) O extrato benzênico de sua madeira mostrou-se ativo contra Staphylococcus Aureus. (...) Amplo emprego como medicação estomáquica e antidispéptica.” (Harri Lorenzi, Plantas Medicinais no Brasil, p. 242). Staphylococcus Aureus pode causar infecções (acne, furúnculos, celulite) e até mesmo pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, sepse etc.

1.8 - Dracaena Draco: É uma palmeira com a copa parecendo um disco voador, 15 metros de altura, somente encontrada nas ilhas do Atlântico Norte (Ilhas Canárias). Ela e o Baobá são árvores pré-históricas e provavelmente as duas espécies mais antigas no mundo, pois surgiram a mais de 3 milhões de anos.

1.9 - Daemonorops Draco: a seiva é extraída dos frutos. Encontrada na Índia e Indonésia.

1.10 - Calamus Rotang


2 - NOMES POPULARES: Dragoeiro; Sangue de Grau, Sangue-de-Drago, Dragoeira, Dragoneira, Sangra-D´água, Sangue-da-Água.

2.1 - Pertence à família Euphorbiaceae (Esta possui 300 gêneros e 7.500 espécies).


3 - ORIGEM: Peru, Equador, Colômbia e norte do Brasil (Amazônia), Índia, Indonésia, Ilhas Canárias, Argentina e Uruguai.


4 -  A palavra chave que defina essa planta é REGENERAÇÃO celular.


5 - PROPRIEDADES: Anti-inflamatório geral (alcaloide Taspina), analgésico (poderoso inibidor da dor), antivirótico, antibacteriano, antioxidante, antimicrobiano, antisséptico, antitumoral, cicatrizante, citofilático (substância que vivifica, tonifica e estimula a célula), afrodisíaco, imunomoduladora, antimutagênica.

6 - COMPONENTES QUÍMICOS DA SEIVA: Esteroides, Cumarinas, Alcaloide Taspina (cicatrizante), Flavonoides, Taninos (dimetilcedrusina), Saponinas, Antocianinas, Ácido Gálico, Ácido Ferrúlico, Vitamina A E C, Lignanos, Mucilagens, Proteínas, Catequinas, Dimetilcedrusina (cicatrizante), Proantocianidinas (poderoso antioxidante, encontra-se na semente de uva Vitis Vinifera), Terpenos (principalmente diterpenos), Óleos voláteis, Diterpenos (clerodanos, traquilobanos, Labdanos, Cauranos, Ésteres de Forbol, Sarcopetalanos), Monoterpenos (cineol e lanalol), Sesquiterpenos (cariofileno), Fenilpropanóides (eugenol e anetol), Proantocianidinas (antioxidante, aumenta colágeno).

7 - INDICAÇÕES: Dor, estanca sangramentos, leucemia, sífilis, reumatismo, artrite, artrose, herpes, herpes zoster, LER, bursite, verrugas, abscessos (bolsas de pus), otites (inflamação do ouvido), torções, fibromialgia, acne (adicional gotas ao sabão que lava o rosto de manhã), verrugas, micoses, infecções na pele, coceiras, picadas de inseto, queimaduras, úlceras gástricas (Helicobacter Pylori) e duodenais, gastrite, escaras, hepatite, gripe, diarreias, gengivite, candidíase, micose, hemorroidas, cólera, aftas, leucorreia (corrimento vaginal), couro cabeludo irritado ou inflamado ou com caspa e para evitar queda de cabelo (adicionar algumas gotas no xampu), distúrbios neurológicos, diabetes, hipertensão, proteção contra raios UV (flavonoides), lepra, fibromialgia, torções, picada de inseto, labirintite, bronquite.

7.1 - KIT PRIMEIROS SOCORROS: É o mais poderoso cicatrizante e antisséptico de feridas conhecido até hoje no mundo, além de ser analgésico.

7.2 - Em caso de cortes na pele, ele dever ser passado. Inibe sangramentos.

7.3 - Rejuvenescedor, pois diminui rugas e flacidez da pele ao estimular a síntese do colágeno e elastina, também reduz manchas na pele (pode ser passado no rosto) e acne. É eficaz para todo tipo de infecção de pele. Evita queda de cabelo, caspas, fortalecendo a fibra capilar.

7.4 - POSSUI PICNOGENOL: é uma substância que combate radicais livres (doenças degenerativas, envelhecimento, manchas de pele).


7.5 - Usar no sabão em que tomar banho e no que lava o rosto de manhã. O sabão com sangue de dragão tem ação antisséptica, imunomoduladora, adstringente e cicatrizante.

7.6 - Foi observado que a seiva de dragão é mais potente que a penicilina e o clorafenicol diante de algumas bactérias causadoras de infecções (E. coli, B. subtilis e S. aureus), além de combater a candidíase e os fungos micóticos.

7.7 - Na Amazônia, as índias faziam banhos vaginais com seiva de dragão momentos antes do parto, visando a assepsia e posterior diminuição das dores e sangramentos.


7.8 - Dr. John Wallace, da Universidade de Calgary, no Canadá, "não existe na atualidade médica nenhuma substância que nós conhecemos que possua estas mesmas atividades". Ele se refere ao fato do sangue de dragão não somente prevenir a sensação de dor mas também bloquear a resposta do tecido a químicos liberados pelos nervos que promovem a inflamação. Bloqueia topicamente a ativação das fibras nervosas que liberam sinais de dor para o cérebro, funcionando como um "assassino" da dor. Este efeito que dura até 6 horas, foi aplicado a partir de géis na concentração de 1-3% desta resina no tratamento e alívio de reumatismos, artrites, artroses, inflamação do nervo trigêmeo, fibromialgia, entre outras. Apresentou alívio na picada de um número variado de insetos em apenas 90 segundos e também estendeu o efeito por 6 horas. Mostrou a capacidade de inibir a proliferação de células leucêmicas e capacidade citostática frente a tumores KB e V-79.

8 - USO


8.1 - 3 gotas sublinguais por dia durante 15 a 30 dias (uso INTERNO)


8.2 - Para doenças mais severas, pode-se utilizar até 15 gotas por dia, tomando-se 3x ao dia, devendo-se pausar uma semana e retomar (se necessário).


8.3 -  15 gotas para 100 ml de soro fisiológico (borrifar em ferimentos leves até 3x ao dia).


8.4 - Gotas podem ser adicionadas no sabão de banho ou em creme para pele. Exemplo: 50 gotas em 100 g de creme de babosa para o rosto.


8.5 -  Fazer uma máscara de argila com algumas gotas.


8.6 - Higiene vaginal ou sacral: 8 gotas em meio copo de água ou 15 gotas em um banho de assento.


8.7 -  Aftas: Pode ser aplicado puro uma gota.


8.8 - Ferimentos e dores: Pode ser aplicado puro diretamente na pele algumas gotas.


8.9 - Passar uma gota na tireoide e na pineal (no meio da sombrancelha).


8.10 - Misturar com óleo de Mirra (Commiphora Mirrha) para potencializar a cicatrização.


8.11 - Os índios costumar passar com a ponta dos dedos diretamente na gengiva para fortalecê-las e reduzir sangramentos.


8.12 - Para acnes combine com óleo de Cipreste (Cupressus Sempervirens) ou óleo de Pitanga (Eugenia Uniflora).


9 - Pode ser utilizado na medicina veterinária.

10 - O uso prolongado pode causar reações adversas, anemia, indisposição e fraqueza muscular.


11 - REFERÊNCIAS
11.1 - LASZLO, Fabian. Sangue de dragão - o sangue cicatrizante da floresta.

11.2 - MATOS, M.M. Liss. Química de espécies nativas de Croton L.(Euphorbiaceae).
Dissertação de mestrado. São Paulo. USP, 2011. 
Disponível em: Biblioteca Digital USP



12 - VÍDEO NO YOUTUBE EXPLICATIVO: https://www.youtube.com/watch?v=ith2ps_VMzo&t=1607s