domingo, 7 de junho de 2015

A CRUZ É A TUA ESPADA

Além do cruzamento da vida e da morte,
do tempo e espaço,
do bem e mal, 
do amor e ódio 
do movimento e repouso
do dia e noite
da tristeza e alegria
do eu e o outro
do feminino e masculino
de atrito e julgamento 

Acima disso tudo está uma Neutra Verdade, que, em silêncio, desabrocha distante das lutas pela conservação de ilusões.

Lembre-se de tua morte
Se sabemos morrer, eliminamos o medo da vida... Afinal, a dualidade é ilusão.


terça-feira, 2 de junho de 2015

SOPHIA

(A Luz, ao tomar ciência de si, tremeu e variou. Nesse instante, sombras formaram-se e oscilaram no sentido oposto. Assim, A Luz descobriu que a escuridão movia-se em função dela e, desde então, centrou-se para sempre em si mesma.)

Ela era tão bela dançando em solidão que no vácuo de teus movimentos nasceram espontaneamente espectadores. Em verdade, tudo surgiu dos movimentos Dela e, logo, eles descobriram-se apenas suas sombras. Até mesmo o Nada assim resolveu-se para homenageá-la. E o remanescente, incluindo as estrelas e seus mitos, é relativo em face desse Útero Absoluto do qual provêm.



Então, todos almejaram transfigurar-se em ao menos uma chispa, como um holofote que segue a artista em teu sagrado palco. Desta sorte, platéias mortais foram iluminadas e renasceram pela simples visão de um Ser Feminino que a tudo o mais creou!


Sigamos os ecos desses aplausos espalhados pelo universo, hierofantes de um espetáculo silencioso e indescritível: A Deusa...

As cortinas e véus já caíram: Amanheceu!