domingo, 24 de maio de 2015

AUTOCONHECIMENTO E MEDO DA SOLIDÃO

Meditar é solidão: Não há pessoas e nem pensamentos.

Muitas vezes esquecemos que somos imortais e não precisamos ter pressa. Puxa vida, como aceleramos sem necessidade! Como fazemos um esforço tremendo e inútil para o nascimento ou a continuidade de relações ofuscantes! E por que tentamos segurar tais conexões?

Quando desejamos e agimos em prol do retorno para o nosso Centro ou para nossa Casa, deixa-se de ser um predador ou julgador de pessoas e ideias para simplesmente contemplarmos.

Observar é algo a ser feito lentamente, em profunda solidão. O observador ou buscador atua com sutileza e leveza na língua, gentileza nos movimentos. Isso pode parecer passividade e fraqueza aos seres rasos, assim, somente olhos apurados percebem a importância dessas qualidades. Aqueles que possuem esse tipo de perícia no olhar são os que valem a pena ter por perto e conectados conosco.

Nesse caminho de volta à sua Casa, saibas, tu estás na contramão; em razão disso, muitos entes próximos tentarão te manter em uma ruidosa correnteza. A incompreensão do mundo embriagado e com o bolso cheio de balas para adoçar o corpo te fará com espanto e extrema agressividade esses tipos de perguntas: onde você está indo só? És louco? Você quer uma droga para aliviar? Você me dá o seu corpo em troca de esquecimento?

Liberte-se desses interrogadores e invasores! Eleve-se!

Assim, o silêncio será o teu maior amigo, pois, impossível explicar o seguinte àqueles que dormem: Ao caminhar para casa, nunca se está perdido, pois uma invisível caravana acompanha com uma doce Luz aquele que despertou do sono das massas.

Buscando crescer pela meditação, querido, nosso sono se torna leve, sem remédios e remendos.

Somente duas solidões abissais podem se reconhecer e compreender através de um simples olhar. Esse tipo de encontro é raro, por isso tendemos à fantasiar a sua ocorrência.

Fique atento! Na dúvida, escolha a solidão.


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