Na reviravolta de meus olhos
O Universo mostra a sua generosidade
Infinita...
Ó, Céus! Como poderia eu espalhar isso?
Constrange-me tanto contentamento
Mas, ao dizer-te, já passou, ficou velho...
Ó irmão, se possível, dar-te-ia a poesia do êxtase,
A pintura na visão, a música do silêncio, o Um!
Porém, sou incapaz de dominar tudo isso...
Pois minha própria cabeça jaz pulverizada
Ó, sim, meu irmão!
O seio do Universo hoje me acolheu
Já não existo...
Nós vimos para dizer-te: isso também é teu.
Vamos, juntos, em silêncio
Escutando a poesia sem linhas ou letras
Pois O Rei chegou...
Glauber Medeiros Rezende
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